POLÍCIA
Advogado é alvo de operação da Polícia Civil por suspeita de fraude
Leopoldo Souza Lima foi conduzido por agentes até a delegacia de Colméia, onde presta depoimento.
A Polícia Civil realizou por determinação da Justiça, nesta manhã, na cidade de Pequizeiro, uma operação para investigar suspeitas de fraude por parte do advogado Leopoldo Souza Lima. Foram apreendidos documentos e computadores.
O advogado foi conduzido até a delegacia de Colméia onde está prestando depoimento neste momento sobre o caso. Ele está sendo acompanhado pelo presidente do OAB-Tocantins, Gedeon Pitaluga e pela Presidente da Subseção da OAB em Guaraí, Marcela Félix.
As investigações dizem respeito a Atuação do advogado em ações judiciais que pedem indenizações para pessoas que tomaram empréstimo, mas que por algum motivo se sentiram lesadas.
Agentes também foram até a casa de Leopoldo onde apreenderam documentos
A operação envolve 3 delegados e 12 agentes da Polícia Civil, que recolheram computadores e documentos na casa de Leopoldo, nos Correios onde ele é gerente e único funcionário e na Câmara Municipal de Pequizeiro, o onde ele também presta serviço para o tio, presidente da Casa.
Segundo apuração exclusiva da Folha Capital o suposto esquema funciona a partir da alteração de documentos dos clientes por parte de Leopoldo no ingresso das ações, visando mudar o local de julgamento, que seria o Fórum de Colméia para outros, como Guaraí, Pedro Afonso, Colinas e Goiatins, objetivando obter maior sucessos em seus pedidos de indenização, uma vez que são centenas de ações.
Câmara Municipal foi um dos alvos da operação, já que o advogado também presta serviço na Casa através de contrato suspeito
A maioria dos clientes de Leopoldo têm pouca ou nenhuma instrução e aparentemente não têm ciência da prática delituosa do advogado. Mesmo assim, em alguns documentos protocolados por Leopoldo em favor dos seus cliente e aos quais a Folha Capital teve acesso mostram assinaturas idênticas vários deles, levantando a suspeita de que teriam sido forjados e não assinados pelos clientes.
Nossa equipe conversou com dois desses idosos, que por temer retaliações pediram para não ter o nome divulgado. Ambos afirmaram serem residentes na cidade de Pequizeiro e nunca terem se mudado da cidade. Já os comprovantes de endereços fornecidos por Leopoldo para a Justiça informam as cidades de Guaraí e Pedro Afonso como local de moradia. “Eu moro aqui há muitos anos. Nunca morei em Guaraí”, afirmou um deles. “Se alguém disse que eu moro em outro lugar é mentira. Minha família sempre morou aqui, desde os meus avós”, disse o outro homem de mais de 70 anos.
Quando perguntados se assinaram algum documento a pedido do advogado, ambos disseram que sim, mas não souberam dizer quais documentos assinaram. No entanto, negaram que tenham assinado declarações falsas de endereço.
Nossa equipe chegou a falar com Leopoldo, mas ele não quis dar qualquer declaração.
O presidente da OAB-Tocantins Gedeon Pitaluga acompanhou as diligências da Polícia Civil visando garantir as prerrogativas de Leopoldo enquanto advogado. Mas, questionado, ele disse que preferia tomar conhecimento do processo antes de se pronunciar.
CORREIOS
Em nota os correios disseram que a investigação da Polícia Civil está circunscrita à atuação de Leopoldo Souza Lima como advogado (totalmente desvinculada de sua atuação como empregado dos Correios).
Visando realizar a apuração do caso, o empregado será afastado de suas atribuições por tempo indeterminado.
A agência de Correios da cidade de Pequizeiro ficará fechada hoje e outro funcionário será designado para prestar serviço na agência. A previsão é de que a unidade volte a funcionar amanhã.
POLÍCIA
Homem desvia mais de R$ 180 mil após receber aposentadoria de amigo por 10 anos
Um homem foi indiciado por enganar o próprio amigo para conseguir receber um benefício previdenciário. Ele teve acesso ao dinheiro da vítima por dez anos, sendo desviado mais de R$ 180 mil no período. O caso aconteceu em Paraíso do Tocantins.
Segundo a Polícia Civil, o investigado, hoje com 46 anos, ajudava o amigo, de 42, que foi declarado como incapaz para trabalhar. Por isso teria acesso ao receber o benefício da Previdência. Em 2008, o suspeito foi constituído como responsável para receber o dinheiro e, teoricamente, repassar à vítima, mas isso não aconteceu.
O real dono do benefício se manteve nesse período com ajuda de parentes, informou a polícia.
Por causa da fraude, o homem vai responder pelo crime de apropriação indébita majorada e se for condenado, poderá pegar uma pena de até 5 anos de prisão.
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